A influência da tecnologia nas relações internacionais.

O avanço tecnológico é um movimento que afeta não somente as indústrias, mas também o jogo de interesses e comportamentos dos Estados no Sistema Internacional. A sociedade periodicamente nos apresenta a inserção da velocidade do desenvolvimento tecnológico em nosso cotidiano, podendo facilitar nossa vida financeira, social, de trabalho e até mesmo a saúde.

Existem dois caminhos para a compreensão do tema. Há um certo conforto que as transformações digitais  proporcionam para países que investem neste setor em prol do bem estar do seu povo, como: bons equipamentos para pesquisas científicas que melhoram a qualidade de vida humana, educação por sistema online -que tem um grande alcance para as pessoas-, aberturas de comercialização digital, entre outras grandes inovações que esse grande mercado tem.

Entretanto, ultimamente em relação ao tema alguns Estados como a Itália, França e Nova Zelândia, rechaçam a grande oferta da internet 5G vinda do oriente; essa internet é uma nova geração de rede que permite muito mais velocidade e acessibilidade sem  problemas de sobrecarga. No entanto, a preocupação é na segurança dos dados pessoais que afetam a todos, uma vez que a China é acusada de poder usar os dados privados de outros civis – algo não provado – e ataques cibernéticos.  A empresa Huawei, que forneceria o  equipamento para a implementação da internet, vale lembrar que no regime chines o governo é autorizado ao acesso  aos dados privativos do seu povo. 

Sendo assim, hoje a inovação de informações digitais é uma grande variável, problemática, de segurança internacional, pois é vista como grande arma utilizada para ferir a soberania dos Estados,  podendo através de um grupo de hackers (grupo particular criminoso) invadir sistemas de alto grau de proteção sigilosa de outros países, podendo, nos piores dos cenários, ocasionar um possível guerra.

A Europa já estava preparada para enfrentar todos os risco a privacidade da era digital, pois segundo o requerimento de um pacote de medidas o RGPD (regulamento geral sobre a proteção de dados), “este regulamento é uma medida essencial para reforçar os direitos fundamentais das pessoas na era digital e facilitar a atividade comercial mediante a clarificação das normas aplicáveis às empresas e aos organismos públicos no mercado único digital”. O Brasil aderiu ao pacote de prevenção de exploração dos dados pessoais em 2018, porém podemos dizer que não somente a preocupação da privacidade brasileira estava sendo levada em consideração, mas também por conta da sua relação comercial com a Europa. Foi criada no Brasil a LGDP (lei geral de proteção de dados pessoais).

Para garantir a segurança dos nossos dados, devemos nos atentar em sites que entramos e em contas sociais que fazemos, ler com atenção os termos de condições que submetem nossas informações para empresas digitais, muitas das vezes compartilhamos legalmente nossos dados pessoais. 

FONTES: UOL, Valor, Politize, Youtube, Governo, EC EUROPA, EC EUROPA.

Texto produzido por Gabriela Burian, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu