Dia do Mercosul – 26 de março

Dia 26 de março de 1991, data-se o “aniversário” do Mercosul. Bloco econômico composto e assinado inicialmente pelos países Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Não obstante, outros países entraram desde que este grupo foi criado, porém, alguns tiveram resultados diferentes do que o esperado, como a Venezuela que adentrou no tratado em 2012, porém em 2016 foi suspensa por descumprir um dos códigos de adesão, ou até mesmo a Bolívia considerada atualmente como Estado Associado em processo de adesão.


Com isso em mente, vamos entender um pouco mais a respeito da história do Mercosul. Como citado anteriormente, o ano de criação do bloco foi em 1991, porém a sua construção vem de 1980. Como resultado vindo do fim da ditadura militar do Brasil e da Argentina, em 1988 os países assinam o “Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento” com intuito de estabelecer um mercado comum na América do Sul, o que se tornaria mais tarde, em 1991, o “Tratado de Assunção” assinado no Paraguai.


O tratado foi criado com o objetivo de aprimorar e entrelaçar as relações comerciais e econômicas dos países membros, comparando e se igualando com outros blocos econômicos pelo mundo. Com o fim de gerar três aspectos: a livre circulação de riquezas e trabalhos através da adoção de políticas alfandegárias comuns; a abertura de uma tarifa externa e uma política econômica externa comum, atribuída aos países que não fazem parte do bloco, e por fim, o engajamento dos países membros em cumprir políticas econômicas que desenvolvem o crescimento e a estabilidade da economia do bloco. Além disso, o bloco possibilita a transição livre de informações e pessoas, perante documentos oficiais emitidos pelos países.

Seu objetivo principal é interligar os países membros, gerando possibilidades de novos empregos e mercados entre as economias nacionais, dentro do mercado internacional, gerando assim, uma livre circulação da mercadoria, pessoas e informações.

Fontes: Gov.br, Mercosur.int, Mundo Educação.

Texto produzido por Caio Ramos Dalbem Pereira, graduando de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

O impacto do carnaval na economia brasileira

Sobre o gorjear de um cruzeiro, em meio aos cortiços do centro carioca, das escadarias do Bonfim, em meio a selva de pedras, ao conjunto do largo econômico, se perpetua com ternura e resistência, o maior evento carnal do mundo, abre-alas ao Carnaval do Brasil. Em meio a todos os  questionamentos internacionais de eventos de relevâncias, podemos transpor toda a complexidade cultural e originária de todos os tipos e quais os seus efeitos ao mundo capitalista em vigor, sendo assim, eventos como: ano novo chinês, China; Oktoberfest, Alemanha; Holi, Índia; Tomorrowland, Bélgica; Coachella, EUA; Carnaval, Brasil; todos gozam de grande relevância para o mundo, logo tornando-se combustíveis turísticos e apoiando redes locais de impulso. 

Em tal contexto de eventos, o que difere um Tomorrowland para o Carnaval é a acessibilidade social e o retorno fiscal. Quando falamos de manifestações culturais de rua, em todos os seus expoentes, podemos redigir de que como o Brasil se destacou em criar um evento cultural de tais proporções, que vai da rua de uma cidade pequeno do interior paulista, como São Luiz do Paraetinga, aos megablocos do Largo da Batata, Faria Lima capital; o que ambos têm em comum, é a forma como se gera renda em ambos os cenários, como uma festa de rua movimenta os comércios locais, marreteiros (vendedores ambulantes), hotéis, restaurantes e transportes, em consequência a tudo isso, uma maior arrecadação de impostos em gerais. 

Nessa perspectiva, podemos expor como tal evento sul-americano, além de ser badalado e expor reflexos monetários, ainda há acesso. Para as sociedades ocidentais, Europa e EUA em especial, criou-se uma visão de que, o carnaval, se transpõem em maior manifestação nos desfiles de escolas de samba, tanto no Rio de Janeiros, Sambódromo da Marquês de Sapucaí; quanto em São Paulo, o Sambódromo Anhembi; apesar da cobertura por canais midiático, os valores das arquibancadas, além de serem requisitadas pelo turista estrangeiro, torna-se inviável para o proletariado médio, em consequência, ambientes como esses, apenas a alta sociedade local se beneficiam de vivenciar tais eventos. Outro ponto, como as baladas, hotéis e casas noturnas, também gerenciam e moldam eventos voltados à temática carnavalesca, preenchendo o espaço noturno com festas que varam à noite. 

Em consequência a segregação de lugares de eventos, nasce de forma oposta de oportunidades para empregos provisórios. Em momentos que alguns gozam do desejo de festejar eventos de teor mais privado, trabalhadores se movimentam para garantir o zelo e a fantasia do carnaval, segundo a RioTur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A), apenas no Sambódromo, circulam por volta de 45 mil colaboradores, além de que, segundo a própria prefeitura carioca, no mês de fevereiro, ocorre a maior arrecadação do imposto ISS de serviços ligados ao turismo. Outro grande exemplo, indo para outra parte do cruzeiro, segundo a BBC news, apenas em 2020, 12 mil vagas foram abertas para vendedores ambulantes de bebida; já em 2023, a prefeitura paulistana, disponibiliza por volta de 15 mil credenciais para venda no período de festas, evidenciando um aumento da oferta e da demanda nas ruas.

Em vigor deste feito, podemos induzir como o Carnaval se dispõe de dois nichos, o fechado e o de rua. Podemos deduzir que, o evento se torna algo tão grande e de relevância para mundo, por conseguir conciliar ambas as partes das oportunidade de emprego e a festa de rua, já que a grande massa brasileira, dispõem da rua para festejar e curtir o momento, logo, as vias públicas se tornam o maior palco das festas e da felicidade do povo e dos visitantes, gerando um pleno e eficiente ecossistema de apoio financeiro, fazendo com que, o consumidor seja abastecido pelo vendedor local ou o próprio ambulante. Outro ponto que induz a expor, como o carnaval, além de atingir todos os níveis sociais e culturais brasileiros, a importância econômica é tão grande, que em dois anos de pandemia, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), elucidou que a o setor deixou de lucrar em 2022, por volta de 3 bilhões de reais, por conta do cancelamento; em vista que, “antes da crise sanitária, a folia costumava movimentar, em média, R$ 9,5 bilhões em receitas”. 

O contexto exposto, deixa com total veemência a importância econômica que o carnaval traz para o Brasil. Em resultante de todo o evento, apesar de certo questionamentos da ética e moralidade de alguns foliões, o que se manifesta na maioria das vias públicas é a cultura, – tanto a periferização, odiada pela alta sociedade, quanto à amada pelos moradores da zona sul dos grande centros -, amor e a perseverança de um povo, que mesmo aos confins de isolacionismo social, como os cortiços no RJ no começo do século XX; ou como a resistência mineira por adotar o carnaval de rua; sobre a força do povo da Bahia que resiste aos pés da escadaria do Bonfim; junto ao centro econômico nacional, São Paulo. O cruzeiro do sul, gorjeia de alegria proliferando a maior festa do mundo, o carnaval brasileiro. 

FONTES: STARTUPS; Agência Brasil; BBC News Brasil.

Texto produzido por João Pedro Klein, graduando de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.