BRICS – significado e história

O BRICS é um mecanismo internacional de cooperação econômica e desenvolvimento constituído por 5 países, sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa). A ideia desse bloco econômico de países “emergentes” veio a partir do economista Jim O’Neil, em estudos feitos no início dos anos 2000, porém, foi apenas em 2006 que de fato o conceito se tornou algo além de uma ideia.
Inicialmente, a sigla era apenas BRIC, sendo constituída apenas pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011 a África do Sul se tornou a letra “S” da sigla, durante a cúpula de número 3 do bloco, sediada na China. O conceito em que o bloco foi criado foi divergente para cada país, já que os países são tão diferentes economicamente, culturalmente, em capacidade de impacto na economia mundial e até mesmo em recursos naturais.
Durante os anos de 2003 a 2007, o crescimento dos quatro países participantes foi muito bem sucedido, apresentando 65% no PIB mundial. Nos dias de hoje, os números do PIB dos BRICS superam os da União Europeia e até mesmo dos EUA. Entretanto, apesar dos bons resultados, a boa cordialidade entre os membros nem sempre é prezada e poucas vezes há concordância entre os países. O bloco econômico já foi muito criticado pela falta de coerência entre seus participantes, algo que é inevitável graças às suas expressivas diferenças.
O BRICS pode ser considerado um agrupamento informal, já que não há sede, secretariado fixo ou nenhum tipo de fundo para custear suas atividades, embora sempre tenha apresentado grandes avanços com seus países pertencentes. Atualmente, o bloco econômico tem dois outros países como candidatos a ingressarem no bloco: a Argentina e o Irã. No entanto, é importante ressaltar que essa manifestação de interesse ainda não vai além de apenas intenções declaradas por essas nações.
Nos últimos meses foi discutido sobre a implementação de uma potencial moeda unificada para facilitar o comércio entre os países do BRICS. Essa proposta encontra-se em fase de negociação, especialmente entre o Brasil e a China, despertando interesse de outros países em aderir ao bloco. Além disso, a ideia da nova moeda tem gerado debates acalorados sobre os possíveis benefícios e implicações desse sistema monetário unificado.
Embora o BRICS enfrente desafios e divergências, sua influência econômica e potencial de cooperação regional são aspectos que continuam a ser explorados e debatidos em busca de um futuro promissor.

Fontes: IPEA, Paulo Roberto de Almeida, G1.

Texto produzido por Isabelle Borges, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.