A Relação entre o espaço sideral e a e economia internacional.

         Não é recente a ideia de que conquistar um lugar no espaço sideral é importante. Anteriormente projetos e pesquisas eram liderados e financiados pelos governos, hoje quem domina a maior parte desse desenvolvimento espacial são os setores privados.

            A famosa frase “A Terra é azul”, dita pelo cosmonauta soviético Yuri Gagarin, o primeiro homem a fazer uma viagem espacial, marcou um grande momento da história: a corrida espacial no contexto da Guerra Fria.  Ela é caracterizada como uma disputa pela hegemonia econômica entre EUA e a antiga URSS. Durante esse período, as potências (EUA e URSS) investiram cerca de até 4% de todo o gasto do governo nos setores focados na corrida espacial, em projetos como a ida a lua, nas missões Apollo, nas missões da Roscosmos da URSS e a construção-algumas décadas depois- da Estação Espacial Internacional (EEI). Inclusive, o Brasil, na década de 90, também chegou a investir cerca de R$900 milhões na AEB (Agência Espacial Brasileira) e na construção da Base de Alcântara (CAPES). Por isso, conhecer o espaço se tornou uma medida de desenvolvimento científico e tecnológico para os Estados. 

Atualmente, há novos coeficientes que integram a questão sideral que devem ser considerados, tais como: a ascensão da grande potência mundial, a China; o setor privado como a SpaceX, empresa financiada pela NASA para construir foguetes, projetar pesquisas. Além disso, empresas espaciais como a Blue Origin e a Virgin Galactic já realizaram viagens para o espaço de seus fundadores bilionários Richard Branson e Jeff Bezos, ambas têm planos de criar agências que realizem esse tipo de viagem para civis comuns. 

O envolvimento entre a economia mundial e a corrida espacial na Guerra Fria era pouco efetiva, pois somente os Estados fortemente desenvolvidos na época poderiam financiar essa disputa, no caso os EUA e a URSS não movimentaram muito a economia externa no requisito de viagens para fora da Terra e pesquisas dos cosmo, isso ficou mais resguardado para órgãos dos próprios países, em contrapartida houve bastante investimento na produção de satélites, fomentando os passos para a caminhada de uma era digital amplamente expandida mundialmente.

A interação mais econômica com o espaço é devido aos satélites, eles abrangem vários setores economicamente importantes, como por exemplo: a empresa Orbital Insights, ela gera big data e cria algoritmos de observação automática de tendências por meio de imagens através do seu satélite. As funcionalidades deste serviço são bastante amplas, desde a produção agrícola de qualquer parte do globo até ao monitoramento da movimentação em portos, passando pela vigilância de pontos ilegais de desmatamento ou o registro do tráfego de carros em lojas do Walmart para prever o volume de vendas.

Porém, sem questionamento, o real motivo para o aumento da demanda está no consumo de dados, e grande parte dessa tendência tem relação com o desenvolvimento de constelações de satélite de órbita baixa. (Matheus Tavares Santos, 2020)

Os satélites de órbita baixa, são aqueles que estão estão mais próximos da terra, gerando assim dados de logísticas com o GPS, e a tão necessária internet de fibra óptica,  eles são tão fundamentais para criação da empresa na sua produção quanto em empresas que só funcionam a partir deles, como a Google, Amazon, Microsoft, SpaceX, ou também as governamentais tal como a NASA e em toda parte das forças armadas dos Estados a Marinha, Aeronáutica e a Militar.

Com a grande estreia de um avanço tecnológico e científico feita por Richard Branson (Virgin Galactic) e Jeff Bezos ( Blue Origin) através de suas viagens ao espaço, é possível verificar  que futuramente cada vez mais as empresas privadas espaciais vão se aproximando de mais investidores e aumentando a sua influência na economia internacional. 

FONTES: Mais Retorno, Repositório IPEA, CAPES, Infomoney e Vitrine da conjuntura.

Texto produzido por Gabriela Burian, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.