As olimpíadas e a influência nas Relações Internacionais.
A história das olimpíadas teve seu início com uma série de competições atléticas em Atenas, sendo predominantemente permitidas a homens livres que falavam grego, os jogos aconteciam a cada quatro anos, e era chamada de Olimpíadas. Conforme o evento foi ganhando popularidade e reconhecimento internacionalmente, decidiu-se criar uma organização permanente para gerir a organização do mesmo, denominado de Comitê Olímpico Internacional (COI).
O primeiro jogo olímpico da era moderna, ocorreu no ano de 1896 (Jogos Olímpicos de Verão de 1896), com 14 nações contribuintes e 241 atletas que participaram e competiram em 43 eventos. A partir de então, as Olimpíadas modernas carregaram muitas mudanças e, ocasionalmente era refletida com elementos socioeconômicos influentes, sendo atualmente usada, além das competições, para demonstrar influências de outros Estados do Sistema Internacional.
Na realidade, há muito tempo, os Jogos Olímpicos são utilizados como uma celebração neutra das conquistas atléticas, de modo que, ela seja uma plataforma para o soft power: o uso da cultura e dos valores para moldar as opiniões da sociedade a fim de adquirir resultados políticos, principalmente internacionalmente. Independentemente de quantas medalhas sejam ganhas ou perdidas, essa é uma das estratégias do jogo das Olimpíadas. E para o país anfitrião, a cerimônia de abertura oferece uma plataforma incomparável para a construção de soft power (UOL, 2021).
Portanto, observa-se que o movimento olímpico tem diversos objetivos por trás, sendo principalmente importante para mostrar a contribuição da construção de um mundo pacífico e melhor, educando os jovens por meio do esporte praticado sem discriminação de qualquer espécie e dentro do espírito olímpico, que exige o entendimento mútuo com espírito de amizade, solidariedade e lealdade.
Em 2016, 3,6 bilhões de telespectadores assistiram à cerimônia de abertura do Rio de Janeiro pela televisão, consequentemente, da mesma maneira que apresentam dança e a música nacional, também apresentam uma imagem politicamente estratégica para o mundo (VERMELHO ORG, 2021).
Além de ser usado para demonstrar a cultura brasileira, também foi usada como forma de solidarizar com outros países, a última vez que o Japão sediou os Jogos Olímpicos de Verão foi em 1964, após a vergonha da segunda guerra mundial e a subsequente exclusão do Japão dos jogos de 1948, as olimpíadas em Tóquio 1964 foi a chave para seus esforços para restabelecer uma reputação internacional positiva, foi repentinamente uma chance de mostrar o que há de melhor no Japão para um público mundial (VERMELHO ORG, 2021).
Entretanto, ao contrário de todas as Olímpiadas, a instabilidade devido à pandemia do COVID-19 afetou também os jogos fazendo com quase fosse cancelado. Isso porque, os casos do coronavírus estão crescendo mais uma vez no Japão e, o sentimento público no país anfitrião é contra as Olimpíadas há meses. O país viu voluntários desistirem, hospitais exibindo mensagens “Para as Olimpíadas” em suas janelas e uma petição em protesto aos jogos (G1, 2021).
No entanto, apesar de muitos cidadãos japoneses pedirem o cancelamento dos jogos, Tóquio está de mãos atadas . De acordo com os termos do contrato , apenas o Comitê Olímpico Internacional tem o poder de encerrar as Olimpíadas. Se Tóquio cancelar os jogos, o Japão corre o risco de processos judiciais, perdas financeiras e também de danos à reputação (BBC, 2021). Embora toda instabilidade e riscos da pandemia, os jogos olímpicos reviveram o espírito nacional de cada nação, algo que o distanciamento social tirou da sociedade.
Fontes: Mundo Educação, Uol, Vermelho Org, Isto é, G1, BBC.
Texto produzido por Isabella Conson, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.