Setor de eventos: adaptação em tempos de pandemia.

Ao longo da história humana as pandemias mostram-se constantemente. Na ausência das pandemias, talvez a configuração do mundo pudesse ser bem diferente do que conhecemos hoje, pois impactam diretamente nosso modo de viver e, por consequência, culminam em mudanças que perpassam todas as áreas da nossa vida cotidiana. Atualmente, o mundo está lutando contra o novo vírus COVID-19, da mesma família viral que causa doenças respiratórias e atacam principalmente os pulmões. Entretanto, o que causa preocupação entre a comunidade científica é a rápida capacidade de transmissão que o vírus possui, por isso, o isolamento social é uma das medidas mais eficazes na prevenção, contendo a aglomerações de pessoas. Em decorrência disso, os setores enfrentam uma disrupção repentina, principalmente aqueles que dependem das atividades presencias, como por exemplo, o setor de eventos.

O que podemos ver nesse momento é o papel fundamental que a tecnologia assume: a partir dela, é possibilitado a arrecadação de auxílio para que os eventos não sejam adiados ou cancelado. De acordo com a TrendWatching – plataforma online de inteligência de tendências – com a crise do coronavírus, alternativas que eram aplicadas gradualmente em nosso cotidiano estão sendo aceleradas radicalmente e, em pouquíssimo tempo, farão parte da normalidade.

Algumas dessas mudanças já são vistas: o evento “Smart City Expo Latam Congress” que é realizado todo ano em Mérida, contou com sua primeira live via Instagram da maratona “Around the World”, no dia 30 de abril. Segundo o presidente da Fira Barcelona México: “[…] No mundo todo, será complicado viajar nos próximos meses. Vamos voltar aos poucos à normalidade, e nesse contexto é necessário propor modelos de eventos que funcionem dentro destas circunstâncias.”

Marcus Rossi, 32 anos, CEO do projeto Gramado Summit decidiu remarcar o evento que ocorre em Gramado, na Serra Gaúcha. O projeto conta com a participação de vários empreendedores vindos de todas as partes do Brasil e foi adiantado que, em outubro, o palco principal da Gramado Summit será transmitido ao vivo; o plano que estava previsto para 2021, foi antecipado por conta da pandemia.

A tendência de trabalho Home Office, segundo o Estudo Global de Tendências de Talentos de 2020, já aparecia como relevante orientação aos colaboradores. Em uma pesquisa realizada no final de 2019, fora do contexto pandêmico, foi apontado necessidades de mudanças nas instituições, diante de um mercado que cada vez mais exige agilidade para se adequar a novas tecnologias.

Portanto, é notável que já caminhamos para uma alteração que começam a ditar os novos comportamentos no mercado. Os eventos que antes ocorriam em um espaço físico e com delimitação ao número de pessoas, a partir de agora, por meio da tecnologia, poderá ser realizado por transmissões ao vivo por meio de plataformas como Youtube, Instagram, Facebook, entre outras. Além disso, poderão atingir um número maior de pessoas sob custos menores e também contarão com participações de convidados via interação online.

A atual realidade faz com que o mercado que engloba a área de eventos tenha que se reinventar, uma vez que a estagnação não é um meio viável. Para isso, as novas estratégias devem ser analisadas, assim como a definição de novos consumidores, tendo como possíveis soluções a pesquisa por oportunidades diante das transformações decorrentes do contexto.

No estudo elaborado pela SEBRAE com o objetivo de identificar alguns impactos do coronavírus nos pequenos empreendimentos ligados ao setor de negócios, eventos e turismo, foi produzido tais gráficos sobre os levantamentos com base em 2.702 empresas:

Para ver o estudo na íntegra, clique aqui.

Texto produzido em colaboração com Stefanie Altimare da Silva Sacramoni Esteves, graduanda em Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

Bibliografia:

BANNURA, Pedro. Mutação ou adaptação: como será o futuro dos eventos?. Propmark. 2019. Disponível em: https://propmark.com.br/opiniao/mutacao-ou-adaptacao-como-sera-o-futuro-dos-eventos/. Acesso em: 14/06/2020.

GRANATO, Luíza. A crise do coronavírus acelerou estas tendências do futuro do trabalho. Exame. 2020. Disponível em: https://exame.com/carreira/a-crise-do-coronavirus-acelerou-estas-tendencias-do-futuro-do-trabalho/. Acesso em: 14/06/2020.

OLIVEIRA, Rafael. Adaptados, eventos sociais resistem ao isolamento durante pandemia do novo coronavírus. O Globo. 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/adaptados-eventos-sociais-resistem-ao-isolamento-durante-pandemia-do-novo-coronavirus-24321142. Acesso em: 14/06/2020.

ARAÚJO, Daniel. Coronavírus: Entenda a importância de se manter a prática do isolamento social. ESP/CE. Disponível em: https://www.esp.ce.gov.br/2020/04/07/coronavirus-entenda-a-importancia-de-se-manter-a-pratica-do-isolamento-social/. Acesso em: 14/06/2020.

BARBOSA, Aline. Conheça as tendências que foram aceleradas pelo coronavírus. Consumidor Moderno. Disponível em: https://www.consumidormoderno.com.br/2020/04/09/tendencias-aceleradas-coronavirus/. Acesso em:14/06/2020.

JACOBY, Isadora. PUMES, Lucas. PAULO, Vitorya. A reinvenção do mercado de eventos em meio ao coronavírus. Geração e.com. Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/ge2/noticias/2020/03/731834-a-reinvencao-do–mercado-de-eventos.html. Acesso em: 14/06/2020.

A moeda e suas relações com o Estado: o caso da criptomoeda chinesa.

No pensamento de Knapp (1905), a moeda é o meio de pagamento definido pelo Estado, proclamado por lei. Historicamente, a moeda aparece para estabilizar uma unidade de troca diante de reconhecimento de um agente maior, que atribui valor ao objeto. Até Bretton Woods, as moedas eram lastreadas em metais (principalmente o ouro) e no dólar: nesse contexto, manter a moeda estável, preservar sua unidade de valor/meio de pagamento, garantir a conversibilidade e realizar manutenções era tarefa do Estado, ao mesmo tempo que a existência de um sistema monetário dependia de sua soberania. Quando se tornam fiduciárias, abrangem meio de pagamentos com validade intrínseca como títulos emitidos e o papel-moeda. A conjuntura permite que as dívidas realizadas entre credor e devedor possam ser debitadas com papéis valorativos perante a confiança dos entes; isso reforça a ideia de Keynes de que com a “diversidade das moedas privadas, surge a necessidade de compensação de diversas dívidas privadas na moeda do Estado”, portanto, a regulação da circulação do dinheiro é imprescindível para a estabilidade, selando assim a relação entre finanças e Estados.

Contudo, apesar de atrelarem a emissão de divisas ao crescimento dos gastos estatais e da tributação, quando o país já está consolidado, inovações podem acontecer: a ascensão das moedas digitais promete ganhos superiores e não necessita submeter-se a autoridades financeiras, pois sua cotação e controle são feitos online, sem burocracia. A China, apropriada de crescimento econômico desde o fim dos anos 90 com a crise asiática, vem demonstrando insatisfação com a governança global e, recentemente, lançou o renmimbi digital apoiado pela capacidade produtiva chinesa e com valor definido pelo mercado. Essa criptomoeda, que agitou as discussões econômicas, levanta a questão sobre o competência de alcançar o status das moedas nacionais. Partimos do ponto de que a China é a 2° maior economia mundial, facilitando o e-RMB ser um case de sucesso; a criptomoeda conta com o blockchain para assegurar os câmbios, que é uma  ferramenta que constrói um “bloco” dentro do sistema sob uso de diversos servidores, trazendo como resultado o armazenamento de informações inalteráveis. A coleta imediata de dados referentes as transações faz com que aumente o controle sobre crimes relacionados à corrupção, simultaneamente ao aumento de controle sobre a população, intensificando os traços autoritários do governo chinês.

Ao parear a moeda digital à sua moeda física, não renuncia à força de seu lastro que já organizou o espaço geopolítico. Está, na verdade, está reafirmando o poder que o Estado tem na criação e fixação de controle da política monetária, dessa forma, elucida mais uma vez o caráter que o ente estatal tem de atribuir sua força por meio de uma organização que perpassa o poder simbólico de imposição; o poder simbólico que a moeda estatal exerce no campo econômico cria uma lógica social que corrobora sua proeminência na economia (MARTINS ALVES REGINA, Aline. 2015).

Nesse sentido, a criptomoeda chinesa tem a possibilidade de tomar o lugar das moedas nacionais caso forem estabelecidas forças armadas para defender seu progresso, criando um respaldo para a concretização da aceitação da nova moeda em meio a relações monetárias internacionais, competitivas e assimétricas. Outra alternativa para generalização da criptomoeda seria se os Estados Unidos (potência atualmente responsável por organizar a política monetária internacional) sofresse uma crise que anulasse a credibilidade da moeda americana e/ou destruísse a capacidade do país de ser gestor do sistema monetário internacional; nesse momento, a China aproveitaria do descrédito do hegemon e utilizaria de seu aparato político, simbólico e militar para tonificar a determinação da criptomeda. Por último, se a implementação da criptomoeda atingir o sucesso na coleta de dados e rastreamento das empresas e da população, conforme for se alastrando, o controle imediato sobre as políticas monetárias e fiscais estariam nas mãos da China, implacando a redução de dependência na compensação no sistema dólar em caso de perturbações no sistema internacional.

Texto produzido em colaboração com Stefanie Altimare da Silva Sacramoni Esteves, graduanda em Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

Referência bibliográfica:

AGGIO, Gustavo de Oliveira; ROCHA, Marco Antonio da. Dois Momentos para a Teoria Cartalista da Moeda – De Knapp a Goodhart. 16 f. – Curso de Economia, Instituto de Economia, Unicamp, Campinas, 2009. Disponível em: http://www.anpec.org.br/revista/vol10/vol10n1p153_168.pdf. Acesso em: 12 jun. 2020.

MARTINS, Aline Regina Alves. A ORIGEM ESTATAL DA MOEDA: O PODER POLÍTICO NAS RELAÇÕES MONETÁRIAS INTERNACIONAIS. 18 f. – Curso de Ciência Política, UFG, Goiás, 2015. Disponível em: http://www.encontronacional2015.abri.org.br/arquivo/downloadpublic?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNToiYToxOntzOjEwOiJJRF9BUlFVSVZPIjtzOjQ6IjQ3NTgiO30iO3M6MToiaCI7czozMjoiZjU2Y2U4Yjc1YWFjOGE3YmI3YmNlMTllZTAwNDRlNGYiO30%3D . Acesso em: 12 jun. 2020.

COINTIMES. Conheça o plano do governo chinês para subjugar o Bitcoin. 2019. Disponível em: https://cointimes.com.br/o-plano-do-governo-chines-para-superar-o-bitcoin/. Acesso em: 12 jun. 2020.

DANIEL KOSINSKI. Monitor Mercantil. A moeda digital chinesa: fatos e mitos. 2020. Disponível em: https://monitormercantil.com.br/a-moeda-digital-chinesa-fatos-e-mitos. Acesso em: 12 jun. 2020.

ONE, Finance. O QUE É CRIPTOMOEDA, PARA QUE SERVE E COMO INVESTIR. 2020. Disponível em: https://financeone.com.br/o-que-e-criptomoeda-e-como-investir/. Acesso em: 12 jun. 2020.

Você sabe o que é “diplomacia empresarial”?

A globalização pela ótica liberal das Relaçõs Internacionais é frequentemente citada para explicar a interdependência complexa, de Keohane e Nye, existente no sistema, além de considerar novos atores significantes, inaugurando a conceituação da relevância das empresas nesses contatos interestatais. Atualmente, os contextos interligados dão a sensação de homogeneidade que podem gerar equívocos de leitura simplistas ao envolver-se numa barganha. Para esse tipo situação, um importante componente aparece para prevenir “furos” que podem comprometer negociações: a diplomacia empresarial.

O que é diplomacia empresarial? Esse compartimento integra a gestão estratégica e é responsável por avaliar conjunturas políticas, representar a empresa, negociar e minimizar crises referentes à prospecção no cenário nacional e internacional; essa espécie de diplomata requer habilidades de liderança, comunicação e conciliação em ocasiões de discordância. O crescimento de corporações privadas, ONGs, Organizações Internacionais, instituições financeiras, esferas governamentais, acionistas, entre outros, pode triunfar caso conte com a análise proveniente desse serviço.

Para o avanço internacional, o conhecimento desses profissionais interferem nos ruídos entre culturas e legislação, por exemplo, contendo maior discernimento para reconhecer mercados receptivos à novos produtos, melhor comunicação e interação com clientes, seleção minuciosa de parceiros, maior adequação ao se relacionar com parceiros, maior dominância para a representação em feiras de negócios, etc. Num país de dimensão continental e com recorrentes crises políticas que instituem diversos impactos, essa sapiência sustenta grande importância para averiguar nichos que garantirão sucesso ao investimento aplicado. Nosso objetivo é auxiliar as empresas que precisam entender e gerir a relação entre economia e política a partir de uma avaliação dos fatores de riscos e seus impactos diretos ou indiretos nos ambientes de negócios

Pretende entender mais sobre a diplomacia corporativa? Faça parte do time da Alpha International Jr. ou contatem nossa equipe para conhecer o potencial de nossos serviços.

Nosso WEBINAR acontece dia 22 de maio, às 17h40, via Google Meets. Para mais informações, sigam @alphainternationaljr nas redes sociais!

Empresa Júnior: O que é e por quê participar de uma.

Uma Empresa Júnior (EJ), na definição do SEBRAE, é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada sob instituições de ensino superior; a grande inovação desse projeto é que, estruturada sob moldes de corporações reais, tem a administração totalmente gerida por estudantes matriculados em quaisquer faculdades. Segundo a lei n° 13.267 (que normatiza os limites das EJs) tem como propósito “realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos associados, capacitando-os para o mercado de trabalho” (PLANALTO, 2016). Sendo assim, o programa é íntegro, autêntico e rigoroso, contendo um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ vinculado à universidade, que coordenará os trabalhos feitos com auxílio de professores “orientadores”. 

A princípio, os interessados podem se perguntar: “por que participar de um trabalho considerado voluntário, sem salário?” Respondo com a exposição de um fato, pois contra estes, não há argumentos: em 2018, Iago Maciel, presidente da organização Brasil Júnior, apresenta que são mais de 20 mil EJs registradas no Brasil, englobando aproximadamente 8 milhões de alunos; esse movimento progressivo, que escancara a seriedade do jovem em nosso país, atende majoritariamente empresas de pequeno e médio porte, porém, já atendeu as de grande porte, como Ambev e Votorantim S.A, que contrataram os serviços de firmas júniores.  

Consequentemente, vale elucidar as motivações para o Brasil ocupar o primeiro lugar no ranking de países que mais contêm tais “pseudo-sociedades”: primeiramente, suprimos a necessidade de colocar em prática todas as teorias que aprendemos ao longo do curso; sabe aquele artigo dificílimo que você demorou horas para ler e absorver? Pode fazer mais sentido quando aplicado numa atividade que envolva análise, pesquisa e negociação; outro ponto que nos preocupa – ainda mais num cenário de crise mundial, em meio à pandemia que reduz as oportunidades de estágio/emprego – é vivenciar o mercado de trabalho: a EJ permite ao estudante associar-se à um estágio dentro da própria faculdade, trazendo experiências reais de atuação. Os trabalhos atribuídos farão com que se familiarize com críticas e funções coletivas, aprenda sobre empreendimentos e sobre a valorização de profissionais, além da auto-valorização, pois a passagem por uma Empresa Júnior pode ser lida como experiência no mercado de trabalho, te posicionando à frente daqueles sem atuação profissional, incrementando seu currículo; devido aos padrões pragmáticos, a participação numa dessas empresas te prepara para processos seletivos reais; o networking pode ser extenso, equivalente ao seu envolvimento: essa rede de contatos traz trocas engrandecedoras que mudarão sua trajetória profissional, facilitando sua ascensão e em qualquer área que optar por seguir. 

Você, que já estagia e estuda, não conseguiu enxergar razões para encaixar mais um projeto em sua rotina? Pois é contigo que interajo agora: colaborar com uma companhia júnior também agregará seu currículo, te tornando capaz de conquistar melhores vagas futuramente; além disso, para nós que cursamos R.I. e somos provocados por várias áreas interessantes, provar outros cargos e funções é extremamente importante, para selecionarmos aquilo que contempla nossos objetivos pessoais. O mais emblemático, é que você adquire conhecimento sobre como estruturar uma empresa e ainda aflora o espírito de liderança de modo ético, hábil e competente: a junção desses dois artifícios podem resultar na fundação de uma corporação organizada por você! 

A Alpha International Jr. nasceu em 2020 junto à Universidade São Judas, para encorpar os programas que englobam os futuros internacionalistas. Ficou interessado? Que ótimo! Pensamos em todos os alunos ao idealizar o plano e contamos com os seus serviços para perseverar. Os processos seletivos começarão na metade do mês de maio, após nosso webinar que acontecerá logo menos. Contamos com vocês, pósteros Alphers!  

Até mais!