DESASTRES AMBIENTAIS E O IMPACTO NA ECONOMIA

Os desastres naturais, como tsunamis, furacões e chuvas torrenciais, têm um impacto profundo na economia global, afetando tanto o curto quanto o longo prazo. A frequência e a intensidade desses eventos estão aumentando, em grande parte devido às mudanças climáticas, o que torna crucial entender suas repercussões econômicas e os desafios associados à reconstrução.

Em primeira análise, um estudo do National Bureau of Economic Research (NBER) indica que cada aumento de 1°C na temperatura global pode causar uma retração de até 12% no PIB. Ainda, segundo o estudo supracitado, o aumento da temperatura global prevê um aumento significativo e persistente na frequência de eventos climáticos extremos que causam danos econômicos: temperaturas extremas, secas, ventos intensos e precipitações extremas. Um exemplo recente é o caso das chuvas intensas que devastaram o Rio Grande do Sul, que ilustra como tais fenômenos podem ter impacto na economia global e nacional.

Ademais, em países pequenos, os desastres tendem a ter um impacto econômico mais amplo e imediato, afetando diretamente a economia local. Já em países maiores, os efeitos podem ser mais difíceis de identificar a curto prazo, especialmente se as áreas afetadas forem relativamente pequenas comparadas ao território nacional. No entanto, quando regiões vitais são atingidas, os impactos a curto prazo tornam-se mais evidentes.

Nesse sentido, ao longo prazo, os desastres naturais podem comprometer tanto a produtividade do trabalho quanto a eficiência dos bens de capital não danificados. Segundo Tibola (2011), o processo de reconstrução econômica após um desastre exige uma reavaliação das estratégias de investimento e desenvolvimento. Além disso, a infraestrutura e os mercados podem sofrer danos significativos, desviando recursos destinados a investimentos para assistência e reconstrução. Essa realocação de recursos pode resultar no aumento da dívida pública, uma vez que a ajuda externa frequentemente não cobre todos os custos, somente substitui parcialmente os investimentos destinados ao desenvolvimento econômico.

Dessarte, os desastres climáticos, por mais que sejam cobertos por apólices de seguro, implicam em gastos de recuperação de bens, em que alguns podem ser até irrecuperáveis, esses gastos podem gerar um cenário de instabilidade econômica e criar um ambiente de incerteza, dissuadindo potenciais investidores. Por fim, a regulamentação ambiental pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade das áreas afetadas e promover práticas de construção mais resilientes, pois a ausência de políticas ambientais robustas pode agravar os danos e dificultar a recuperação econômica. (Carvalho e Damacena, 2012).

Texto produzido por Caio Gandolfi, Thais Soares, Ana Clara Novais, graduandos de Relações Internacionais e Ruan Lisboa, graduando de Ciências Contábeis na Universidade São Judas Tadeu.

Mulheres e as Relações Internacionais

A desigualdade de gênero sempre foi algo de extrema relevância a ser discutido. Hoje em um mundo cada vez mais igual, quando a igualdade de gênero já é considerado um tema a ser necessariamente discutido, vemos como mulheres incríveis conseguiram seu espaço no mundo a tanto custo. O caminho não foi fácil, até onde falamos, ainda há muito a se batalhar, mulheres precisam ser ouvidas, respeitadas e colocadas em cargos igualmente dados a homens. 

Durante toda a história das relações internacionais os homens estiveram em posições de grandes cargos, eles são mais ouvidos e possuem mais oportunidades de falar. Algo que definitivamente sob um ponto de vista masculino, a política exclui as mulheres de qualquer posição política ou influência no que se diz sobre as soberanias e independências, para os homens é normal e não faz diferença, mas para as mulheres, ser ouvida e respeitada na política e principalmente na política internacional diz muito mais sobre apenas uma conquista, diz sobre um passado cheio de desigualdades e fraturas no caminho, diz sobre retaliação histórica.

No mundo tiveram diversas mulheres fortes que alcançaram seus lugares em grandes cargos nas relações internacionais, como a Sylvia Steiner, que foi a primeira e única mulher a ser a juíza  do Tribunal Penal Internacional, antes de seguir a carreira internacional Sylvia já exercia magistratura no Brasil e já havia sido Procuradora federal, membro fundadora do instituto Brasileiro de ciências criminais e integrante da associação de juízes pela democracia e tem vários trabalhos desenvolvidos sobre direito penal e direitos humanos publicados no Brasil e no exterior. Com esse currículo, Steiner foi indicada ao cargo de juíza titular do TPI pelo presidente da república Luiz Inácio da Lula em 2003 e permaneceu no cargo até 2012.

Historicamente, as mulheres enfrentam desafios para serem reconhecidas e respeitadas neste campo, que tradicionalmente foi dominado por homens. No entanto, ao longo das décadas, houve um aumento na representação e no reconhecimento das mulheres em RI, tanto no âmbito acadêmico quanto no prático. Segue exemplos de mulheres que marcaram o âmbito das relações internacionais :

Diplomacia e Política

Margaret Thatcher: Conhecida como a “Dama de Ferro”, foi a primeira mulher Primeira-Ministra do Reino Unido, servindo de 1979 a 1990. Ela teve um papel significativo nas relações internacionais, incluindo a Guerra Fria e a União Europeia.

Hillary Clinton: Além de ser a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton também foi Secretária de Estado de 2009 a 2013. Ela é conhecida por suas contribuições na política externa americana e defesa dos direitos das mulheres ao redor do mundo.

Academia e Pesquisa

Anne Applebaum: Jornalista, historiadora e autora de livros premiados sobre história da Europa Oriental, democracia e política internacional. Um de seus livros notáveis é “Gulag: A History”, que recebeu o Prêmio Pulitzer.

Cynthia Enloe: Professora de Ciência Política e Estudos de Gênero, suas obras focam nas relações entre gênero e política internacional. Ela é autora de livros como “Bananas, Beaches and Bases: Making Feminist Sense of International Politics”. 

Liderança em Organizações Internacionais

Christine Lagarde: Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2011 a 2019. Ela desempenhou um papel crucial na estabilização econômica global durante seu mandato.

Michelle Bachelet: Antiga presidente do Chile e atualmente a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Bachelet tem sido uma voz importante na defesa dos direitos humanos em todo o mundo.

Especialistas em Estudos de Gênero e Relações Internacionais

J. Ann Tickner: É uma renomada acadêmica em Estudos de Gênero e Relações Internacionais. Suas obras incluem “Gendering World Politics: Issues and Approaches in the Post-Cold War Era”, contribuindo significativamente para o campo.

Chandra Talpade Mohanty: Professora e teórica feminista, seu trabalho “Feminism Without Borders: Decolonizing Theory, Practicing Solidarity” é influente no entendimento das interseções entre feminismo e política global.

Tendo isso em vista, o campos de relações internacionais sempre foi um campo majoritariamente masculino, e que com muito custo tem sido conquistado por figuras femininas que tem feito seu papel de forma excelente e marcando a história para provar que a desigualdade de gênero é algo de extrema importância de ser discutida.

Fonte: 10 anos do Tribunal Internacional-Sylvia Steiner responde

Texto produzido por Ana Carolina e Isabelle Borges, graduandas de Relações Internacionais na Universidade São Judas Tadeu

Dia da Constituição de 1967

A década de 60 foi repleta de revoluções que marcaram a história, principalmente a do Brasil, com fatos que definiram o enredo em que o país seguiria. As revoluções não surgiram apenas na década de 60, um dos atos que fizeram a década de 60 ser tão recheada de situações desafiadoras, foi a morte do ex-presidente Getúlio Vargas, que cometeu suicídio após uma grave crise política, preferindo tirar a sua própria vida ao invés de entregar o governo ao próximo presidente. Os governos posteriores ao de Getúlio levaram consigo a crise política, e em 1964 houve um golpe militar no governo de João Goulart pois o mesmo era acusado de ser comunista. 

A partir de 1964 o regime militar era quem comandava o país. Com medo da expansão do comunismo, após a revolução Cubana, os Estados Unidos uniram-se aos regimes militares de vários países, de forma direta e indireta, com o objetivo de colocar governantes militares no comando, e garantir uma liderança conservadora. Assim, iniciou-se no Brasil, o regime militar em 1º de abril de 1964, terminando apenas em 1985, durante esse período montou-se uma nova ordem política caracterizada pela anulação das liberdades democráticas.

A Constituição Brasileira de 1967 foi promulgada pelo Congresso Nacional em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março de 1967. Sendo a constituição de 67, a sexta constituição do país e a quinta da república, foi também a mais imprecisa de todas, desprovida de qualquer democracia e inundada de censura. A criação da carta constitucional foi feita para oficializar e legalizar o regime militar, aumentando o controle do Poder Executivo sobre o Legislativo e Judiciário, criando assim uma hierarquia. Durante sua vigência, ela incorporou 17 Atos Institucionais, 67 Atos Complementares e 27 Emendas, sendo a mais instável e arbitrária das constituições brasileiras. A Constituição passou por alterações significativas alinhadas aos interesses militares, resultando na introdução dos Atos Institucionais (AIs) – decretos autoritários que conferiam ao presidente poderes absolutos sobre a sociedade.

Dos 17  atos institucionais, os cincos primeiros foram os mais impactantes, sendo eles:

AI-1: decretado poucos dias após o golpe,que depôs Goulart, o AI-1 dava ao Executivo poderes para cassar mandatos parlamentares, suspendendo os direitos políticos dos cidadãos por cerca de 10 anos. No segundo dia que vigorava o AI-1, o congresso sob pressão militar elegeu para presidente o marechal Castelo Branco, que assumiu em 15/04/64, durante seu governo mais de 300 pessoas tiveram seus mandatos cassados e suspensos, por exemplo: Juscelino, Jânio e João Goulart

AI-2: Em 1965, foi decretado o AI-2 que determinava eleições para presidente da república seriam indiretas, extinguindo os partidos políticos e reduzindo-os a ARENA E MDB 

– AI-3: eliminou as eleições diretas para Governador.

AI-4: Enquanto que o A1-4 definiu as condições para que fosse aprovada a Constituição de 1967, projeto dos militares que fortalecia tremendamente o Poder Executivo, aprovada sem discussões.

AI-5: O marechal Costa e Silva foi indicado a suceder Castelo Branco na presidência. Durante o seu governo, cresceram as manifestações contra o regime. Políticos cassados, estudantes e trabalhadores, formaram a FRENTE AMPLA. Diante disso, o governo decretou o ato mais violento e duradouro da ditadura, suspendia o habeas corpus e dava ao Presidente poderes para fechar o Congresso Nacional por tempo ilimitado e suspender os direitos políticos de qualquer cidadão, sem direito de Justiça. O pretexto usado para a elaboração do A1-5 foi o discurso do deputado Márcio Moreira Alves do MDB, pregando o boicote popular ao desfile de 7 de setembro. Uma curiosidade sobre esse governo é que em agosto de 69, diante do afastamento do presidente, uma junta militar se formou para que o vice, Pedro Aleixo, um civil, não ocupasse o cargo, pois era temido que ele apoiasse as manifestações.

Tendo em vista, a constituição de 1967, que foi a constituição mais complexa e cheia de autoridade que o brasil já teve, o terceiro dos 5 presidentes que tivemos durante essa época, foi o campeão do poder ditatorial, um marco para essa gestão foi a música “Apesar de você”, escrita por Caetano Veloso. Outra característica marcante do governo de Emílio Médici, foi o milagre econômico, promovido pelo seu ministro Delfim Netto, que fez com que o país alcançasse  índices de crescimento econômico à custa do empobrecimento da população. Afirmava que “ deve-se fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”, favorecendo a concentração de renda.

Já os dois últimos presidentes desta época adotaram uma postura mais liberal. Figueiredo (1979 a 1985) mais que Geisel (1974 a 1979). Figueiredo assumiu o compromisso de  realizar a “abertura política” e devolver a democracia  ao Brasil, aprovando a lei da anistia e o fim do bipartidarismo. Apesar disso, a Constituição de 1967 só foi revogada quando o governo militar terminou, em 1985, com o movimento das Diretas Já e a vitória de Tancredo Neves na disputa presidencial.

Texto produzido por Isabelle Borges e Ana Carolina Santos Rodrigues, graduandas de Relações Internacionais na Universidade São Judas Tadeu.

Taylor Swift |The Eras Tour e seu impacto internacional

Taylor Swift é uma cantora e compositora norte-americana de grande sucesso. Ela alcançou fama no cenário da música country antes de fazer a transição para a música pop. Nascida em 13 de dezembro de 1989 em Reading, Pensilvânia, Swift é conhecida por seu estilo de composição autobiográfico e por suas canções pop cativantes.

A turnê “The Eras Tour” teve seu início dia 17 de Março deste ano e finalizou no dia 26 de Novembro. A turnê teve um impacto significativo nos resultados financeiros da Time For Fun (T4F), responsável pelos shows no Brasil. No segundo trimestre de 2023, os lucros da T4F aumentaram em 93,2%, sendo atribuído principalmente à bem-sucedida turnê de Taylor. A receita líquida de operações de bilheteria e alimentos subiu de R$ 28,4 milhões para R$ 39,8 milhões devido à alta demanda por ingressos esgotados.

A “The Eras Tour” de Taylor Swift, que celebra todos os seus álbuns, é conhecida por apresentações de cerca de três horas e meia, contendo 44 músicas, cenários dinâmicos e identidades visuais distintas para cada bloco do show. Destacando gravações afetadas pela pandemia, a turnê incorpora efeitos especiais, dançarinos e figurinos elaborados. Com recordes de venda de ingressos, a turnê arrecadou U$2,2 bilhões, superando estimativas e ultrapassando a “Reputation Tour”.

Fonte: Netflix

A demanda reprimida durante a pandemia gerou uma busca intensa por ingressos no Brasil, contribuindo para o lucro líquido de R$16,3 milhões da empresa responsável pelas vendas. Taylor Swift continua a impactar o cenário musical global com sua turnê “The Eras Tour”, que se encaminha para se tornar a mais rentável da história, segundo dados da Billboard.

O filme “Taylor Swift: The Eras Tour”, que registra o espetáculo completo da atual turnê da renomada cantora pop, conquistou o recorde mundial de bilheteria para filmes desse gênero, segundo o Guinness World Records. Até 23 de novembro, o filme arrecadou mais de US$ 246.365.022 (acima de R$ 1,2 bilhão) globalmente, ultrapassando qualquer outra produção que apresente performances de artistas ou bandas. Mais de metade desse montante, especificamente US$ 175.674.886, provém apenas da bilheteria nos Estados Unidos e Canadá. O filme registrou impressionantes números de bilheteria, angariando mais de US$ 100 milhões (R$ 490 milhões) exclusivamente durante a pré-venda, anterior à sua estreia em 13 de outubro. No final de semana de estreia, compreendido entre os dias 13, 14 e 15 de outubro, a arrecadação atingiu US$ 92.804.678 (R$ 454 milhões). Em apenas uma semana após seu lançamento, o filme já havia estabelecido um novo recorde para a categoria de filmes sobre shows ou apresentações, alcançando US$ 109.202.466 (R$ 535 milhões). Nas posições subsequentes desta categoria, encontram-se as bilheteiras de “Justin Bieber: Never Say Never” (lançado em 2011, com arrecadação de US$ 99.034.125), “Hannah Montana and Miley Cyrus: Best of Both Worlds Concert Tour” (de 2008, com US$ 70.712.099) e “One Direction: This Is Us” (de 2013, com US$ 68.233.799).

Fonte: Taylor Swift | THE ERAS TOUR

Fontes: ABJ, G1, CNN, NETFLIX, THE ERAS TOUR.

Texto produzido por Letícia Morales, graduanda de Relações Internacionais na Universidade São Judas Tadeu.

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O papel da soja na economia brasileira

Sabe-se que já a muito tempo que a exportação de produtos é algo essencial para a economia brasileira, principalmente os itens do setor da agricultura e agropecuária, como por exemplo na época do ciclo café, onde a venda do mesmo se tornou a principal fonte de entrada de capital no país.

Nos dias atuais, tendo passado quase 100 anos, o agronegócio continua sendo de extrema importância para o Brasil, porém agora trabalhado com outros produtos, como é o exemplo da soja, que atualmente é o grão que lidera as produções, grande parte dos motivos para isso se dá pela alta rentabilidade econômica e diversidade de setores em que a soja é utilizada, podendo fazer parte da indústria, sendo uma ótima fonte de proteína para a criação de animais e produção de outros produtos como por exemplo o óleo e os combustíveis, além de ser uma ótima alternativa à carne para pessoas veganas ou vegetarianas a soja é extremamente nutritiva e de baixo custo.

Olhando para as cadeias de produção da soja, afirma-se que ela seja responsável por gerar aproximadamente 7.5 milhões de empregos diretos e que existam mais de 230 mil produtores espalhados pelo Brasil sejam eles de grande ou pequeno porte, as tecnologias utilizadas nas grandes fazendas, como os sistemas de plantio e colheita direto, também contribuem positivamente para a sustentabilidade do solo.

Como citado anteriormente, a alta versatilidade da soja, juntamente com a alta demanda, tem causado  um aumento significativo nas produções do grão, as projeções realizadas por especialistas apontam que até 2029 a produção de soja brasileira chegará a aumentar .cerca de 32% e as exportações para os parceiros comerciais do Brasil irão aumentar 41%

Pode-se concluir que o grão de soja possui extrema importância para os setores da indústria e para diversas pessoas nas mais diferentes áreas, desde o pequeno produtor de subsistência até o grande exportador dono de terras. A soja conquistou seu espaço dentro do mercado e mostrou sua importância aos brasileiros.

Fontes: Embrapa, Stoller, FPA.

Texto produzido por Pedro Nogueira, graduando de Relações Internacionais na Universidade São Judas Tadeu.

BRICS – significado e história

O BRICS é um mecanismo internacional de cooperação econômica e desenvolvimento constituído por 5 países, sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa). A ideia desse bloco econômico de países “emergentes” veio a partir do economista Jim O’Neil, em estudos feitos no início dos anos 2000, porém, foi apenas em 2006 que de fato o conceito se tornou algo além de uma ideia.
Inicialmente, a sigla era apenas BRIC, sendo constituída apenas pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011 a África do Sul se tornou a letra “S” da sigla, durante a cúpula de número 3 do bloco, sediada na China. O conceito em que o bloco foi criado foi divergente para cada país, já que os países são tão diferentes economicamente, culturalmente, em capacidade de impacto na economia mundial e até mesmo em recursos naturais.
Durante os anos de 2003 a 2007, o crescimento dos quatro países participantes foi muito bem sucedido, apresentando 65% no PIB mundial. Nos dias de hoje, os números do PIB dos BRICS superam os da União Europeia e até mesmo dos EUA. Entretanto, apesar dos bons resultados, a boa cordialidade entre os membros nem sempre é prezada e poucas vezes há concordância entre os países. O bloco econômico já foi muito criticado pela falta de coerência entre seus participantes, algo que é inevitável graças às suas expressivas diferenças.
O BRICS pode ser considerado um agrupamento informal, já que não há sede, secretariado fixo ou nenhum tipo de fundo para custear suas atividades, embora sempre tenha apresentado grandes avanços com seus países pertencentes. Atualmente, o bloco econômico tem dois outros países como candidatos a ingressarem no bloco: a Argentina e o Irã. No entanto, é importante ressaltar que essa manifestação de interesse ainda não vai além de apenas intenções declaradas por essas nações.
Nos últimos meses foi discutido sobre a implementação de uma potencial moeda unificada para facilitar o comércio entre os países do BRICS. Essa proposta encontra-se em fase de negociação, especialmente entre o Brasil e a China, despertando interesse de outros países em aderir ao bloco. Além disso, a ideia da nova moeda tem gerado debates acalorados sobre os possíveis benefícios e implicações desse sistema monetário unificado.
Embora o BRICS enfrente desafios e divergências, sua influência econômica e potencial de cooperação regional são aspectos que continuam a ser explorados e debatidos em busca de um futuro promissor.

Fontes: IPEA, Paulo Roberto de Almeida, G1.

Texto produzido por Isabelle Borges, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

A importância do café na economia brasileira

O café é um dos principais produtos agrícolas que contribuíram para o desenvolvimento econômico do Brasil. Desde a época colonial, a cultura do café tornou-se uma das principais atividades econômicas do país e até os dias atuais continua a desempenhar um papel importante na economia brasileira.

De acordo com pesquisas recentes, o café é capaz de gerar US$2 Bilhões por ano e aproximadamente 26 milhões de sacas, o que o torna uma importante fonte de renda para o país. Além disso, as exportações de café correspondem a 2% de todo o comércio do Brasil com o exterior, o que demonstra a relevância do produto para a economia nacional.

O Brasil é conhecido por liderar isoladamente as produções de café, sendo responsável por cerca de 30% da produção mundial de café. Somente a cafeicultura é responsável por gerar 8 milhões de empregos diretos e indiretos, sendo a cadeia produtiva que mais gera empregos no ramo de agronegócio.

Ainda em relação à importância do café para a economia brasileira, é válido mencionar a existência de um consórcio responsável por realizar pesquisas em relação ao café nas mais diversas áreas. Esse consórcio conta com aproximadamente 40 outras instituições, e está vinculado ao ministério da agricultura, funcionando como uma enorme cadeia de pesquisa visando o aumento da competitividade do café brasileiro com os demais. Isso significa que o Brasil é o maior país do mundo em pesquisas relacionadas ao café, o que também contribui para a melhoria da qualidade do produto.

Além disso, é importante destacar que os principais estados brasileiros produtores de café são: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Rio de Janeiro e Goiás. Esses estados têm grande importância na economia brasileira, gerando empregos e movimentando a economia local.

Em resumo, a importância do café para a economia brasileira é inegável. O produto é uma das principais fontes de renda do país e gera milhões de empregos diretos e indiretos. Além disso, a pesquisa e a inovação na produção de café têm ajudado o Brasil a manter a liderança na produção mundial de café, contribuindo para a diversificação econômica e o desenvolvimento sustentável do país.

Fontes: Empraba¹, Embrapa², Kuhn Brasil.

Texto produzido por Juliana Sousa de Aguiar, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

Dia do Mercosul – 26 de março

Dia 26 de março de 1991, data-se o “aniversário” do Mercosul. Bloco econômico composto e assinado inicialmente pelos países Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Não obstante, outros países entraram desde que este grupo foi criado, porém, alguns tiveram resultados diferentes do que o esperado, como a Venezuela que adentrou no tratado em 2012, porém em 2016 foi suspensa por descumprir um dos códigos de adesão, ou até mesmo a Bolívia considerada atualmente como Estado Associado em processo de adesão.


Com isso em mente, vamos entender um pouco mais a respeito da história do Mercosul. Como citado anteriormente, o ano de criação do bloco foi em 1991, porém a sua construção vem de 1980. Como resultado vindo do fim da ditadura militar do Brasil e da Argentina, em 1988 os países assinam o “Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento” com intuito de estabelecer um mercado comum na América do Sul, o que se tornaria mais tarde, em 1991, o “Tratado de Assunção” assinado no Paraguai.


O tratado foi criado com o objetivo de aprimorar e entrelaçar as relações comerciais e econômicas dos países membros, comparando e se igualando com outros blocos econômicos pelo mundo. Com o fim de gerar três aspectos: a livre circulação de riquezas e trabalhos através da adoção de políticas alfandegárias comuns; a abertura de uma tarifa externa e uma política econômica externa comum, atribuída aos países que não fazem parte do bloco, e por fim, o engajamento dos países membros em cumprir políticas econômicas que desenvolvem o crescimento e a estabilidade da economia do bloco. Além disso, o bloco possibilita a transição livre de informações e pessoas, perante documentos oficiais emitidos pelos países.

Seu objetivo principal é interligar os países membros, gerando possibilidades de novos empregos e mercados entre as economias nacionais, dentro do mercado internacional, gerando assim, uma livre circulação da mercadoria, pessoas e informações.

Fontes: Gov.br, Mercosur.int, Mundo Educação.

Texto produzido por Caio Ramos Dalbem Pereira, graduando de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

O impacto do carnaval na economia brasileira

Sobre o gorjear de um cruzeiro, em meio aos cortiços do centro carioca, das escadarias do Bonfim, em meio a selva de pedras, ao conjunto do largo econômico, se perpetua com ternura e resistência, o maior evento carnal do mundo, abre-alas ao Carnaval do Brasil. Em meio a todos os  questionamentos internacionais de eventos de relevâncias, podemos transpor toda a complexidade cultural e originária de todos os tipos e quais os seus efeitos ao mundo capitalista em vigor, sendo assim, eventos como: ano novo chinês, China; Oktoberfest, Alemanha; Holi, Índia; Tomorrowland, Bélgica; Coachella, EUA; Carnaval, Brasil; todos gozam de grande relevância para o mundo, logo tornando-se combustíveis turísticos e apoiando redes locais de impulso. 

Em tal contexto de eventos, o que difere um Tomorrowland para o Carnaval é a acessibilidade social e o retorno fiscal. Quando falamos de manifestações culturais de rua, em todos os seus expoentes, podemos redigir de que como o Brasil se destacou em criar um evento cultural de tais proporções, que vai da rua de uma cidade pequeno do interior paulista, como São Luiz do Paraetinga, aos megablocos do Largo da Batata, Faria Lima capital; o que ambos têm em comum, é a forma como se gera renda em ambos os cenários, como uma festa de rua movimenta os comércios locais, marreteiros (vendedores ambulantes), hotéis, restaurantes e transportes, em consequência a tudo isso, uma maior arrecadação de impostos em gerais. 

Nessa perspectiva, podemos expor como tal evento sul-americano, além de ser badalado e expor reflexos monetários, ainda há acesso. Para as sociedades ocidentais, Europa e EUA em especial, criou-se uma visão de que, o carnaval, se transpõem em maior manifestação nos desfiles de escolas de samba, tanto no Rio de Janeiros, Sambódromo da Marquês de Sapucaí; quanto em São Paulo, o Sambódromo Anhembi; apesar da cobertura por canais midiático, os valores das arquibancadas, além de serem requisitadas pelo turista estrangeiro, torna-se inviável para o proletariado médio, em consequência, ambientes como esses, apenas a alta sociedade local se beneficiam de vivenciar tais eventos. Outro ponto, como as baladas, hotéis e casas noturnas, também gerenciam e moldam eventos voltados à temática carnavalesca, preenchendo o espaço noturno com festas que varam à noite. 

Em consequência a segregação de lugares de eventos, nasce de forma oposta de oportunidades para empregos provisórios. Em momentos que alguns gozam do desejo de festejar eventos de teor mais privado, trabalhadores se movimentam para garantir o zelo e a fantasia do carnaval, segundo a RioTur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A), apenas no Sambódromo, circulam por volta de 45 mil colaboradores, além de que, segundo a própria prefeitura carioca, no mês de fevereiro, ocorre a maior arrecadação do imposto ISS de serviços ligados ao turismo. Outro grande exemplo, indo para outra parte do cruzeiro, segundo a BBC news, apenas em 2020, 12 mil vagas foram abertas para vendedores ambulantes de bebida; já em 2023, a prefeitura paulistana, disponibiliza por volta de 15 mil credenciais para venda no período de festas, evidenciando um aumento da oferta e da demanda nas ruas.

Em vigor deste feito, podemos induzir como o Carnaval se dispõe de dois nichos, o fechado e o de rua. Podemos deduzir que, o evento se torna algo tão grande e de relevância para mundo, por conseguir conciliar ambas as partes das oportunidade de emprego e a festa de rua, já que a grande massa brasileira, dispõem da rua para festejar e curtir o momento, logo, as vias públicas se tornam o maior palco das festas e da felicidade do povo e dos visitantes, gerando um pleno e eficiente ecossistema de apoio financeiro, fazendo com que, o consumidor seja abastecido pelo vendedor local ou o próprio ambulante. Outro ponto que induz a expor, como o carnaval, além de atingir todos os níveis sociais e culturais brasileiros, a importância econômica é tão grande, que em dois anos de pandemia, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), elucidou que a o setor deixou de lucrar em 2022, por volta de 3 bilhões de reais, por conta do cancelamento; em vista que, “antes da crise sanitária, a folia costumava movimentar, em média, R$ 9,5 bilhões em receitas”. 

O contexto exposto, deixa com total veemência a importância econômica que o carnaval traz para o Brasil. Em resultante de todo o evento, apesar de certo questionamentos da ética e moralidade de alguns foliões, o que se manifesta na maioria das vias públicas é a cultura, – tanto a periferização, odiada pela alta sociedade, quanto à amada pelos moradores da zona sul dos grande centros -, amor e a perseverança de um povo, que mesmo aos confins de isolacionismo social, como os cortiços no RJ no começo do século XX; ou como a resistência mineira por adotar o carnaval de rua; sobre a força do povo da Bahia que resiste aos pés da escadaria do Bonfim; junto ao centro econômico nacional, São Paulo. O cruzeiro do sul, gorjeia de alegria proliferando a maior festa do mundo, o carnaval brasileiro. 

FONTES: STARTUPS; Agência Brasil; BBC News Brasil.

Texto produzido por João Pedro Klein, graduando de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.

Internacionalização de empresas

A internacionalização de empresas é um processo que ocorre quando uma organização começa atuar em outros países. Mas, também pode ser a abertura de uma unidade industrial no exterior.

Com o crescimento da instabilidade econômica e política nos últimos anos, a diversificação de mercado se tornou uma pauta muito importante. Logo, a expansão internacional serviu como estratégia de negócio para diversas empresas brasileiras. Um dos motivos que tem chamado a atenção das multinacionais sobre a internacionalização do seu negócio, vem do fator da redução da dependência do mercado interno, diminuição dos riscos empresariais e a possibilidade da redução de custos.

Por fim, conseguimos entender que a adaptação de um serviço em um país estrangeiro pode ser difícil, por isso é altamente recomendado que se faça uma análise de mercado, que visa principalmente, a avaliação do mercado e do público-alvo de destino ao seu produto/serviço, facilitando na hora de investir em tal país.

Vale ressaltar que separamos três motivos para a sua empresa se internacionalizar!

1 – Expansão: Com a exportação do seu produto/serviço a outro país, novos clientes podem se interessar e contratar a sua empresa para a realização de algum serviço. Além do crescimento do seu negócio, você pode criar novos produtos para atingir o novo público, abrir novas unidades, entre outras. Essa estratégia de internacionalização requer investimento baixo, possui pouco risco e ajuda a reduzir a dependência de um mercado.

2 – Marca Global: Basicamente, a construção de uma marca “forte”, agrega muito valor à empresa e também ajuda a conquistar novos clientes, aumentando seu valor no mercado e fortalecendo a competitividade nos locais de atuação. Exemplos: Coca-cola, Nike e Iphone.

3 – Economia em escala: Nesse tipo de economia, é esperado que o custo médio das operações tenha uma redução proporcional ao aumento do nível de produção. Logo, mesmo que haja um aumento na produção, o gasto investido tende a ser bem menor do que o valor de tudo que foi produzido. Esse modelo de economia ajuda na expansão do seu produto/serviço.

Fontes: Santander; Portal da Industria; Bicalho.

Texto produzido por Letícia Morales, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.