Fake News- Impactos Corporativos.

Hoje em dia muito se fala sobre as Fakes News e sua propagação, mas afinal, como surgiu esse termo? Sabemos que o hábito de espalhar notícias falsas há muito tempo está presente na sociedade. Todavia, com o crescimento da internet e das redes sociais a difusão dessas notícias se tornou ainda mais fácil, rápida e atinge um número muito maior de pessoas.

As Fake News não são, necessariamente, apenas difamações contra a pessoa física. Empresas vêm sentindo os impactos desse mal ao longo dos últimos anos. Um exemplo disso é a PepsiCo, empresa que sofreu queda em suas vendas após o espalhamento da falsa notícia onde a CEO Indra Nooyi supostamente disse a fãs de Donald Trump, em território americano, para “comprar os produtos da marca em outro lugar”. Depois disso, apoiadores do então candidato à presidência dos Estados Unidos decidiram boicotar todos os produtos da PepsiCo, diminuindo em cerca de 35% suas vendas.

Após um episódio como esse, onde mentiras são espalhadas a cerca de uma corporação, é preciso tomar medidas para evitar uma maior propagação e/ou remediar os efeitos causados, tais como: identificar a origem do conteúdo e o número de compartilhamentos, para assim saber qual é o tamanho do dano causado até o momento; Contatar o autor da publicação e solicitar a remoção do conteúdo, tendo em vista que se trata de uma notícia falsa e pode ser caracterizada como injúria e difamação; Caso o contato informal com o autor não surta efeito, entrar com uma ação extrajudicial contra o mesmo ou até contra o site de hospedagem da publicação. Promover ações de marketing nos canais de comunicação a fim de esclarecer o fatos enquanto se busca pela remoção do conteúdo da internet.

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) com 52 empresas nacionais e internacionais para avaliar como enfrentam o fenômeno das Fake News, 91% dos entrevistados temem principalmente os danos à reputação da marca. 77% temem prejuízos à imagem da empresa; Outros 40% receiam perdas econômico-financeiras e 40% a credibilidade da companhia.

Por todos esses aspectos, é fundamental que seja feita uma pesquisa em sites e/ou jornais confiáveis antes do compartilhamento de qualquer notícia. Além disso, notícias que venham desacompanhadas de fontes ou que essas sejam de blogs com manchetes chamativas podem ser mais um sinal de uma mera busca por cliques.

Texto produzido por Julia de Almeida, graduanda de Relações Internacionais, na Universidade São Judas Tadeu.